A articulação têmporo-mandibular (A.T.M.) tem sido de considerável
interesse e investigação científica por muitos anos.
Ela realmente é uma das mais complexas
estruturas faciais, produzindo, por suas várias alterações patológicas –
incluindo aí a dor orofacial -, muitos problemas, cujos diagnósticos e
tratamentos corretos nunca são óbvios e de fácil execução.
Entretanto, sabe-se agora que muitas
formas de tratamento que foram recomendados no passado estavam basicamente
incorretas, o que evidencia que muito foi e tem sido aprendido sobre esta
articulação nos últimos anos.
Conforme progrediram os conhecimentos
sobre o funcionamento e a patologia da articulação, também melhoraram os
tratamentos de muitos de seus problemas.
Atualmente, a grande maioria dos
problemas da articulação têmporo-mandibular pode ser corrigida por meio de
tratamentos adequados.
Síndrome dolorosa por disfunção miofacial (Dor
orofacial)
O sistema estomatognático é uma unidade
anatômica e funcional formada por órgãos e tecidos, de natureza diversa, que
funcionam harmonicamente.
Neste sistema, participam ossos do crânio, colo, face e tórax (frontal, temporal, mandíbula, hioide, esterno, clavícula e colunacervical); os dentes e estruturas que o rodeiam e suportam;sistema vascular, nervo musculare outros elementos,
comotecidos moles da face, epitélios de revestimentoeprodutos de secreção, como asaliva.
estes elementos anatômicos se relacionam
com a A.T.M., o sistema neuromuscuilar e a oclusão dentária, através das
funções de mastigação, fonação, deglutição e respiração. Todos
As relações maxilomandibulares
mantêm-se em equilíbrio por meio de um tríplice sistema articular, constituído
pela A.T.M., a articulação alveolodentária e a oclusão dentária.
O funcionamento deste complexo articular
depende de uma ação coordenada dos músculos mastigadores.
Portanto, numa articulação temporomandibular
normal, encontram-se em equilíbrio anatômico e fisiológico: o tríplice sistema
articular e o sistema neuromuscular que o envolve.
ETIOLOGIA DA DOR OROFACIL
O espasmo dos músculos mastigadores é o
responsável pelos sinais e sintomas da dor por disfunção da A.T.M.
Este espasmo muscular pode começar de
três maneiras:
1.Por distensão muscular;
2.Por excesso de contração muscular;
3.Por fadiga.
Os acidentes agudos, como trauma ou abertura excessiva
da boca, embora possam iniciar um espasmo muscular, são geralmente episódios
autolimitantes, de curta duração, e não desempenham um papel significante na
instalação da síndrome.
A distensão dos músculos
mastigadores pode ser produzida por restaurações dentárias, próteses fixas e
próteses removíveis que elevam a mordida, invadindo o espaço de repouso
fisiológico (free way space) intermaxilar.
A contração pode ser causada por
sobremordidas resultantes de perda bilateral de dentes posteriores (perda da
dimensão vertical) e absorções alveolares sobre próteses mal-ajustadas.
As causas mais comuns da fadiga muscular são hábitos bucais, como o bruxismo, que é considerado um
mecanismo de “descarregar tensões”.
Esta explicação para a grande maioria dos casos de dor
por disfunção relaciona-se muito mais a fatores emocionais do que a fatores
físicos.
A maioria dos pacientes (80% segundo Tommasi)que sofrem de distúrbios na A.T.M. são
mulheres com idade média entre 40-45 anos. Este fato pode relacionar-se com
transtornos hormonais da menopausa, e com distúrbios emocionais que ocorrem
nesta fase.
Um fato interessante observado em muitos pacientes, e
que reforça a contribuição da tese psicogênica na instalação da dor orofacial.
Estes pacientes portadores de diversos graus de má-oclusão. Aqcham-se adaptados
perfeitamente à condição, em equilíbrio neuromuscular e equilíbrio articular
sem sintomatologia dolorosa. Ao serem submetidos a uma situação de estresse emocional apresentam dor
orofacial.
Por outro lado, muitos pacientes que apresentam apenas
pequenas alterações de oclusão dentária
e de relação maxilomandibularapresentam sintomatologia severa.
Ainda em relação às alterações oclusais, os contatos
prematuros no lado de balanceio parecem ser os mais significativos no
desencadeamento da síndrome.
Sinais e sintomas da dor
orofacial
Os sintomas inicias são: dor nos músculos mastigadores (mialgia) e disfunção mastigatória, devido aos espasmos musculares.
A dor geralmente é unilateral, descrita pelo paciente
como uma “dor surda” nas regiões temporais, Pré-auricular, goníaca e cervical.
Pode ser relativamente constante, porém, mais
frequentemente, o paciente relata que a dor é pior pela manhã; outros relatam
que a dor é relativamente suave pela manhã e que aumenta gradativamente à
tarde. Com frequência exarceba-se na hora das refeições.
Um sinal clínico comum são os “estalos” (o paciente
pode ter a impressão, por vezes, de ter tocado a campainha, o telefone ou mesmo
de ouvir alguém chamando o seu nome).
Porém se só os estalos estiverem presentes não quer
dizer que estamos diante de um caso de dor orofacial, pois outros distúrbios da
A.T.M. podem provocar estes “estalidos”.
São considerados sinais e sintomas da síndrome por
disfunção miofacial:
a.Dor surda, unilateral
ou mais acentuada num dos lados da face;
b.Dor à pressão em certas
regiões do masseter, temporal e pterigóideos. São os chamados “pontos gatilho”,
que desencadeiam ou reproduzem a dor;
c.Estalos;
d.Limitação dos
movimentos mandibulares, principalmente matinas.
Na síndrome psicogênica, o paciente, além dos sinais
cardinais, deve ter ausência de sintomas clínicos e de alterações radiográficas
nas estruturas orgânicas.
Igualmente não deve ter dor à palpação da A.T.M.
através do conduto auditivo esterno.
O significado destas ausências de características
clínicas e radiográficas é que a razão principal do problema está na musculatura
e não nas próprias A.T.M.
Segue
abaixo na íntegra uma entrevista feita pelo Dr. Drauzio Varella com o Dr. José Tadeu T. Siqueira é
cirurgião-dentista e coordenador do Ambulatório de Dor Facial da Divisão de
Odontologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Quando
se fala em dor orofacial, a primeira lembrança que nos ocorre é a dor de dente,
dor às vezes lancinante, difícil de suportar. Não faz tanto tempo assim, a
única solução para minorar taanho sofrimento era extrair o dente comprometido.
Por isso, raríssimas pessoas chegavam
à maturidade sem usar dentadura.
No entanto, especialmente se são difusas e recorrentes, as dores orofaciais
podem ser sintoma de muitas outras doenças. Neoplasias de cabeça e pescoço,
leucemia, neuralgia do trigêmeo estão entre as enfermidades que têm a dor como
queixa inicial do paciente.
O
diagnóstico requer cuidado e experiência profissional. Nem sempre é fácil
distinguir a dor de dente das neuralgias, mas é possível. Talvez seja esse um
bom caminho para evitar extrações e padecimento desnecessários.
DOR E ESTRUTURA DO DENTE
Drauzio O que se entende por dor orofacial?
José Tadeu T. Siqueira Chamamos
de dor orofacial a que provém dos dentes, da boca e dos maxilares. Sem dúvida,
a mais frequente delas é a dor de dente.
Drauzio Qual é a explicação para os dentes
provocarem dores tão intensas?
José Tadeu T. Siqueira Embora
a estrutura do dente seja pequena, é anatômica e neuralmente complexa. Ele
possui uma caixa externa dura, semelhante ao osso, constituída pela dentina e
pelo esmalte. Em seu interior, há um canal por onde passam só vasos e nervos.
Inflamação dentro desse canal dificulta o extravasamento do edema e dos
líquidos que ali se formam, criando uma pressão que produz dor muito forte.
O dente tem outra característica interessante. Toda sua enervação e
vascularização entram pelo ápice da raiz, um orifício muito pequeno existente
em sua extremidade inferior.
Drauzio É um orifício existente na ponta da
raiz que prende o dente no osso
José Tadeu T. Siqueira Em
parte é isso mesmo. Na verdade, o dente é uma estrutura rígida que se fixa ao
osso da mandíbula ou do maxilar por um ligamento. Portanto, é uma estrutura
articulada com o osso, uma articulação microscópica com movimento bem pequeno,
pois se desloca aproximadamente um décimo de milímetro. Por isso, apertar
exageradamente os dentes durante o sono ou mesmo durante as atividades diurnas
produz uma isquemia que causa inflamação ao redor do ligamento e a sensação de
dor ou de crescimento do dente.
POR QUE O DENTE DÓI?
Drauzio Qual é a dor de dente mais comum?
José Tadeu T. Siqueira
A dor de dente acaba sendo
desconcertante, porque ele é uma estrutura somática profunda que engloba tecido
ósseo, tecido dentário, ligamento rígido e receptores que conduzem a enervação.
Qualquer processo inflamatório que comprima esses receptores pode provocar dor
sem que haja lesão no dente para justificá-la.
No entanto, a dor de dente mais comum decorre de uma lesão, em geral a cárie,
que afeta o nervo do dente, tecnicamente chamado de polpa dentária. Como essa
estrutura entra por um forame minúsculo, o sangue que penetra no dente tem de
retornar pelas veias. Comprometimento desse retorno por causa do volume dos
vasos provoca compressão nas terminações nervosas e dor latejante. Parece que o
coração está pulsando dentro do dente.
Drauzio Quando a pessoa procura o dentista
por causa desse tipo de dor, ele fura o dente para reduzir o edema e a
inflamação.
José Tadeu T. Siqueira
Até alguns anos atrás, o
comprometimento da polpa justificava um tratamento radical. Abria-se o dente e
removia-se a polpa. No entanto, a evolução do processo inflamatório passa por
várias fases. A primeira caracteriza-se por dolorimento e por hiperemia,
resultante de leve aumento do volume dentro do canal. Progressivamente, pode
ocorrer uma lesão dos vasos chamada pulpite, ou seja, uma inflamação da polpa
dentária reversível (regride com o uso de anti-inflamatórios) ou uma inflamação
irreversível. Neste caso, somos obrigados a abrir o dente e remover o nervo,
isto é, a polpa dentária.
O QUE É BRUXISMO?
Drauzio Muitas
pessoas têm bruxismo, ou seja, cerram os dentes com tanta força enquanto dormem
que acordam com dor forte nos dentes. Por que isso acontece?
José Tadeu T. Siqueira O
bruxismo do sono, isto é, o apertamento ou ranger dos dentes que se manifesta
geralmente à noite, não se sabe por que, acomete 15% das crianças. à medida que
as pessoas envelhecem, porém, há uma redução dessa prevalência e não mais do
que 2% ou 3% dos idosos rangem os dentes enquanto dormem.
Muitos anos atrás, imaginava-se que o bruxismo era uma doença. Atualmente se
sabe que talvez seja uma resposta normal do organismo. Em algumas pessoas
particularmente, pode estar ligado a fatores genéticos, visto que existem
famílias em que avô, pai, filho e neto têm padrão semelhante de apertamento.
Por isso, atribui-se importância fisiológica ao bruxismo.
Drauzio Como se diagnostica o bruxismo?
José Tadeu T. Siqueira
Existe um centro de padrões de atividades
automáticas no sistema nervoso central. Assim como andar, respirar, mastigar
são movimentos automáticos, alguma coisa no córtex central estimula o núcleo
motor do trigêmeo e faz com que o indivíduo aperte ou ranja os dentes.
De modo geral, a população tem fases em que aperta os dentes de forma mais
intensa, mas apenas são categorizados como portadores de bruxismo aqueles que
os apertam acima de 30% do valor da máxima força de contração da mandíbula. O
número de episódios durante o sono também é levado em consideração para
diagnóstico. As polissonografias, isto é, os exames do sono, ajudam a
determinar esses dados.
Drauzio Que problemas provoca esse apertar
exagerado dos dentes?
José Tadeu T. Siqueira
O principal problema é o desgaste
dos dentes e o dolorimento, porque a compressão exagerada pode levar à isquemia
dos vasos que entram no ápice da raiz e depois à necrose dos vasos, dos nervos
e da polpa dentária. Normalmente, é uma dor de curta duração que tem como causa
a isquemia, a falta de circulação dentro do dente.
Drauzio A pessoa chega a acordar por causa
dessa dor?
José Tadeu T. Siqueira
Alguns pacientes relatam que sim e
que também acordam com a sensação de que estavam fazendo ruído com os dentes.
Na grande maioria dos casos, porém, é o cônjuge ou alguém que dorme no mesmo
quarto que percebe o problema. Não é incomum ouvi-los dizer que não adianta
sacudir a pessoa ou tentar acordá-la, porque ela volta a dormir e continua
rangendo os dentes.
ALTERAÇÕES NA GENGIVA
Drauzio às vezes, as pessoas se queixam de dor de
dente e o dentista diz que o problema está na gengiva e não no dente. Quais são
as causas mais frequentes da dor na gengiva?
José Tadeu T. Siqueira Eu
diria que a mais frequente é a infecção oportunista chamada periodontite que
afeta primeiro a gengiva e depois a inserção entre o dente e o osso
(periodonto). Diria também que o diagnóstico da dor gengival é relativamente
simples. Em geral, esses pacientes têm histórico de sangramento quando escovam
os dentes ou passam fio dental e, dependendo do alimento, quando mastigam.
As dores de gengiva são mais difusas. às vezes se manifestam na face, na cabeça
ou na região cervical e são difíceis de localizar com precisão. Uma das causas
desse tipo de dor pode ser o traumatismo por apertamento. A inflamação é
inespecífica. A não ser no exame clínico e no levantamento da história do
paciente, não se encontram dados em radiografias, nem alterações nos dentes que
justifiquem o sintoma. Desse modo, as dores do periodonto provocadas pelo bruxismo
são as que mais dificultam o diagnóstico por causa da ausência de sinais
clínicos e macroscópicos específicos de lesão, já que se trata de uma alteração
vascular por isquemia.
EXTRAÇÃO DOS DENTES
Drauzio Os médicos mais velhos contam que,
no passado, quando se deparavam com um doente que apresentava febrícula diária
sem causa determinada, uma das primeiras medidas era recomendar que arrancasse
os dentes e colocasse dentadura, porque as pessoas tinham geralmente dentes em
mau estado e retirá-los eliminaria focos infecciosos. Na verdade, essa conduta
radical e absurda prova que os dentes levam injustamente a culpa de muitos
problemas. Quais são esses os mais importantes?
José Tadeu T. Siqueira
Na história da civilização humana,
há referências muito antigas à extração de dentes. Do papiro de Ebers (3700 aC
a 1500 aC), que representa a cultura médica egípcia, consta o seguinte relato
do médico do faraó: Se quiser melhorar a dor do corpo, das costas, dos pés,
tire todos os dentes. Também se sabe que Beethoven extraiu vários dentes na
tentativa de aliviar as dores que sentia.
No início do século XX, imperou a teoria da infecção focal, uma vez que a cárie
dentária e as doenças da boca e da gengiva são essencialmente infecciosas.
Nesse aspecto, existe um fato a considerar. Quando ocorre sangramento na
gengiva, os germes da boca caem na corrente sanguínea e espalham-se
momentaneamente produzindo uma bacteremia transitória. Se as defesas orgânicas
estiverem baixas, pode aparecer uma infecção à distância chamada infecção
focal. Isso existe e sempre existiu, mas nunca se definiam as condições em que
se encontrava o paciente. Simplesmente se extraiam todos os dentes. Atualmente,
através da Biologia Molecular e de testes modernos, consegue-se comprovar que alguns
pacientes com doenças cardíacas, renais ou reumatológicas são mais susceptíveis
à bacteremia e escolhe-se a melhor conduta para o caso.
Drauzio Que outras doenças podem provocar
dor de dentes?
José Tadeu T. Siqueira
Embora seja incomum, o câncer de
cabeça e pescoço, em especial o de assoalho da boca, pode manifestar-se como
dor de dente. Além disso, principalmente nas crianças, a leucemia causa dor e
mobilidade do dente, porque afeta os vasos da polpa dentária e do periodonto e
o nervo dos maxilares.
Hoje, quando a dor de dente ou orofacial é difusa, mal localizada ou
recorrente, devem ser descartadas todas as possibilidades de diagnóstico de
neoplasias, porque elas são muito atípicas na manifestação da dor. Grande parte
dos cânceres de boca tem lesões aparentes, assimetrias, alterações neurológicas
evidentes, mas se a dor é a primeira queixa a coisa muda de figura.
No final de 2003, defendi uma tese de mestrado cuja proposta era uma revisão de
1440 casos de câncer de boca que ocorreram em vinte anos, no Hospital
Heliópolis, em São Paulo (SP) e ficou evidente que em 20% a dor representava a
única queixa. Eram dores variadas: dor de dente, dor na boca, queimor na boca
ou na língua, dor de cabeça, de ouvido, portanto, um quadro totalmente atípico
da doença.
NEURALGIA DO TRIGÊMEO/ DOR DE DENTE
DrauzioUma das dores mais
terríveis que o ser humano relata é a neuralgia do trigêmeo. Em geral, ela dura
pouco, mas vem com força máxima. Não só os leigos a confundem com dor de dente;
há profissionais que também confundem. Como se explica isso?
José TadeuT.
Siqueira Esse é um tema importante, inclusive
sob o ponto de vista de saúde pública. Comparada com a dor de dente, a
prevalência da neuralgia do trigêmeo não é grande. Acontece que dada a
intensidade da dor e o fato de que muitos pacientes foram perdendo
gradativamente os dentes por causa dela, é indispensável estabelecer
diagnóstico diferencial entre as duas.
O problema é que, às vezes, a neuralgia do trigêmeo se manifesta como dor de
dente ou na gengiva e existem atividades rotineiras que podem desencadeá-la,
por exemplo, escovar os dentes, passar fio dental, mastigar, engolir. O
paciente acha que é dor de dente, e para ele é mesmo, porque ela vem de uma
região do sistema nervoso central que corresponde aos dentes e à área sensitiva
da face.
Por isso, é importante definir as principais características dessas dores.
A neuralgia do trigêmeo é uma dor em
choque, de curtíssima duração, desencadeada por toque leve ou por fatores que
normalmente não causariam dor.
A dor de dente em geral, uma
pulpite quando é forte, dura mais do que alguns segundos. Chega a durar horas
e a acordar o paciente durante a noite. É uma dor latejante, porque é vascular,
e pode espalhar-se no segmento dos dentes, da face ou por todo o crânio, em
virtude da sensibilização que provoca no sistema nervoso central e que amplia a
sensação de dor.
Como dentista, convivo com um grupo interdisciplinar no Hospital das Clínicas,
o Centro de Dor da Neurologia, que tem estudado pacientes com neuralgia e com
dor de dente para saber, entre outros temas, qual a prevalência da extração de
dentes no Brasil ou por que nós, os dentistas, ainda extraímos dentes.
Tudo indica que, muitas vezes, pessoas com neuralgia de trigêmeo procuram o
médico clínico e saem sem diagnóstico, porque não é fácil fazê-lo. Um trabalho
que finalizamos recentemente mostrou que, se considerarmos a população
portadora de neuralgia do trigêmeo há mais de dez anos, todos os
pacientes já perderam os dentes; entre aqueles que apresentam a doença há um
ano apenas, metade já não tem mais os dentes.
Drauzio A que se deve um número tão alto de
extrações?
José Tadeu T. Siqueira No
começo, imaginava-se que era por erro de diagnóstico do dentista. Em parte, é
verdade, porque os profissionais de saúde, o dentista e o médico clínico, nem
sempre conseguem diagnosticar a neuralgia do trigêmeo quando não têm
experiência com a doença e porque a dor se confunde com vários tipos de dor de
dente.
Drauzio Com que tipos de dor de dente a
neuralgia do trigêmeo se confunde?
José Tadeu T. Siqueira
Um dos tipos mais comuns é a dor do
colo dentário, uma dor aguda de curta duração, semelhante a um choque, que
aparece quando se toma sorvete, por exemplo.
Drauzio O que se pode fazer para reverter
esse quadro?
José Tadeu T. Siqueira
Os pacientes com neuralgia que
perderam a metade dos dentes por erro de diagnóstico evidenciam a necessidade
de treinamento e educação continuada. Eu diria, porém, que não é só a
ignorância dos profissionais que pesa. Uma das principais causas é o fato de a
dor de dente ser muito variada em sua expressão clínica e isso, às vezes,
confundir o próprio paciente.
Talvez a conduta mais indicada para esses casos seja o dentista não retirar o
dente se não encontrar alterações que justifiquem a extração. Ele deve
encaminhar o paciente para um colega com experiência na área ou para um
neurologista antes de tomar qualquer medida radical.
A pessoa que sabe que tem neuralgia do trigêmeo pode entrar num ciclo de dor
crônica e ser obrigada a submeter-se ao uso constante de remédios, à mudança de
doses e, às vezes, a cirurgias. No entanto, pessoas socialmente próximas,
inclusive os profissionais que cuidam dela, começam a sugerir que ninguém pode
tomar remédios a vida toda só por causa da dor. Isso talvez a estimule a
procurar novas alternativas de tratamento, achando que o diagnóstico não está
fechado.
Na verdade, o problema é que o paciente com neuralgia entra num ciclo de dor
crônica em que recebe um sem-número de informações desinformadas e, na busca
de alternativas, acaba tendo mais um dente removido. O curioso é que, mesmo
extraindo todos os dentes, não consegue usar dentadura porque ela dispara a dor
da neuralgia.
Drauzio Que tragédia!
José TadeuT.
Siqueira A neuralgia do trigêmeo é relatada
há mais de mil anos e as características do diagnóstico são claras. Anos atrás,
fazendo um levantamento da prevalência da dor em Odontologia, encontrei um
trabalho apresentado num congresso de 1929 por um profissional do Rio de
Janeiro que discutia a dor de dente e a dor das neuralgias maiores, como eles
chamavam a dor de dente que se manifesta à distância, no ouvido, na cabeça, ou são
totalmente difusas na face. Naquela época, já existiam os mapeamentos faciais
mostrando como essas dores se apresentam.
Dependendo da localização do dente, há uma área mais específica ou mais comum
de manifestação da dor. Por exemplo, alterações nos molares inferiores podem
manifestar-se como dor de ouvido que, por sua vez pode ser sinal de problema na
coluna cervical ou da articulação têmpero-mandibular. Essa sintomatologia
variada leva à dificuldade de diagnóstico e exige treinamento maior na semiologia
da dor.
Você me perguntou por que o dente dói tanto. Além do aspecto local, tem o
aspecto ligado ao sistema nervoso central. A representação da boca e do maxilar
no córtex sensitivo é muito grande.
Drauzio Por ser uma área tão importante do
corpo, a boca tem grande representação cerebral.
José Tadeu T. Siqueira
Estão ligadas à boca funções
importantes como a amamentação e a respiração, por exemplo. Toda nossa vida
vegetativa tem relação com esse segmento da face.
Publicado em 16/10/2012
EM TEMPO
A dor de cabeça pode ser um sintoma de DTM?
A dor de
cabeça pode ser sim um sintoma associado à DTM, normalmente a DTM muscular. A
dor caminha para a cabeça ou pode ser nas têmporas, onde se localiza o músculo
temporal. Tem características que lembram uma dor em pressão ou aperto. Mas
atenção: a dor de cabeça pode ser associada a diversas condições (secundária)
como no caso da DTM ou ser a própria doença (primária) como por exemplo a
enxaqueca. Assim, para fazer um diagnóstico de sua dor de cabeça é aconselhável
que se procure um Neurologista. Você pode localizar um profissional neste link:
http://www.sbcefaleia.com/diretório
Qual o profissional que deve-se procurar quando apresentar dor
orofacial?
O
cirurgião-dentista especialista em DTM e Dor Orofacial. A especialidade de
DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR e DOR OROFACIAL que têm por objetivo capacitar os
profissionais Cirurgiões-Dentistas ao diagnóstico e tratamento de diversas
dessas dores; porém, é muito importante que ele trabalhe junto a outros
profissionais da área de saúde para poder referir prontamente o paciente para o
profissional que irá oferecer ao paciente o tratamento adequado a seu problema
(médicos Neurologista, Otorrinolaringologista, Psiquiatra, Psicólogo,
Fisioterapeuta, ...).
Desse modo,
pode-se concluir que a atuação do Cirurgião-Dentista que trabalha nessa área
engloba não apenas as D.T.Ms. e Dores Orofaciais, mas o conhecimento de todos
os diferentes tipos de dores que podem acometer o segmento corporal de cabeça e
pescoço, sendo mesmo muitas vezes o primeiro profissional de saúde a investigar
uma queixa dolorosa que se manifesta nessa área (seja ela de sua área de
competência ou não).
TRATAMENTO DA DOR OROFACIAL
Sendo a dor orofacial uma entidade
mórbida multi fatorial, isto é, que pode ser causada por diversos fatores, fica
claro que o tratamento deve ser específico para cada paciente, pois que em cada
caso os fatores desencadeantes são exclusivos. Por isso vamos nos referir ao
tratamento de um modo geral devendo o profissional e o paciente ficarem
conscientes de que a terapia tem que ser individualizada para cada paciente.
Métodos físicos.
A terapêutica destina-se ao alívio
da dor e à restauração da função muscular normal, tendo prioridade o alívio da
dor.
Com frequência a dor não se limita
aos músculos mastigadores, estendendo-se para toda a face, pescoço e
musculatura superior das costas.
Os métodos físicos mais utilizados
são os exercícios (cinesioterapia), podendo ser usado o aerossol de cloreto de
etila, as compressas quentes, infra-vermelho e as correntes tetanizantes e
sinusoidal.
O aerossol de cloreto de etila
diretamente sobre a pele nas regiões doloridas apresenta excelentes resultados,
uma vez que é o procedimento mais simples de anestesia superficial, e o que
apresenta menores riscos.
Compressas quentes
A aplicação de
compressas quentes segue-se ao tratamento com cloreto de etila. O próprio
paciente fará a aplicação, várias vezes por dia.
A técnica consistem em
embeber uma toalha com água bem quente e aplicá-la sobre as zonas dolorosas,
mantendo-as até esfriar (10 a 15 minutos). Em seguida, nova compressa quente.
O cloreto de etila e o
calor local são eficientes para aliviar a dor causada pelos pontos gatilho
(desencadeantes).
Porém, às vezes não são
eficazes para eliminar estes pontos. Isto será conseguido com a aplicação de
injeções anestésicas, o que será abordado mais adiante.
A terapêutica por
movimentos (cinesioterapia) é muito útil no tratamento dos espasmos musculares.
Pode ser aplicada pelo profissional e também pelo próprio paciente
(autotratamento).
O nome cinesioterapia,
quer dizer literalmente, terapia do movimento (do grego kínesis, movimento e therapeia,
terapia).
De origem oriental,
atualmente é a terapia mais utilizada, sendo importante por estar ligada a
todas às outras formas de terapias físicas. É a designação dos processos
terapêuticos que visam a reabilitação funcional através da realização de
movimentos ativos e passivos. Tem como objetivo prevenir, eliminar ou diminuir
os distúrbios do movimento e função.
A Cinesioterapia é a
parte da Fisioterapia que se utiliza de movimentos ativos do paciente, através
da contração muscular voluntária, que pode também ser descrita como exercícios
terapêuticos. Tem como objetivo a reabilitação do movimento (cinética-funcional)
detectada através de avaliação específica e correlacionada com a disfunção e
queixa do paciente, sendo frequentemente utilizada em conjunto a técnicas de
terapia manual. É de extrema importância a sua aplicação, pois sempre que
existe uma disfunção do aparelho locomotor humano, existe também uma
deficiência ou desequilíbrio da função muscular.
Existem autores que
dedicam capítulos e mesmo livros inteiros ao estudo da cinesioterapia
miofacial-cervical.
Métodos farmacológicos
É de suma importância
que o tratamento farmacológico seja sempre i9ntegrado com outros métodos de
natureza mecânica, física, psicológica e eventualmente cirúrgica.
Anestésicos locais
Utilizam-se sempre que
permanece a dor nos pontos gatilho, isto é, a dor em pequenas áreas circunscritas
de músculos.
Tais pontos
desencadeantes localizam-se por palpação cuidadosa das partes moles, É
necessário, porém, que já tenha sido eliminada a dor surda, difusa, mediante a
aplicação prévia dos agentes físicos.
A técnica de
infiltração de um anestésico local numa área precisa de dor muscular exige
muita exatidão. Palpada a zona dolorosa, introduz-se a agulha hipodérmica no
músculo dolorido. Avança-se a agulha sem injetar inicialmente, para não
mascarar a reação à exploração.
Ao chegar-se ao local
doloroso, injeta-se pequena quantidade de anestésico. Buscam-se, em seguida,
outras zonas dolorosas e repete-se o procedimento. Pode-se injetar nos músculos
masseter, pterigoideo medial, pterigoideo lateral e no temporal.
Os cuidados a serem
tomados com a injeção são os normais que seguem à técnica anestésica,
especialmente os relativos à assepsia e à prevenção de injeção endovenosa
inadvertida.
Traquilizantes
A prescrição de
tranquilizantes é útil no tratamento da síndrome dolorosa por disfunção
miofacial, principalmente quando a ansiedade e a tensão são os fatores
predominantes.
São utilizados os
chamados tranquilizantes menores, que se usam basicamente para os estados de
ansiedade e tensão de menor importância (meprobamato, diazepam).
Analgésicos
O AAS é o analgésico de
escolha nesta síndrome, uma vez que a dor raramente apresenta-se muito intensa.
Geralmente, está indicada a associação com um tranquliizante.
Relaxantes musculares
Já que a dor orofacial
caracteriza-se por espasmos dos músculos mastigadores, o uso de drogas com
propriedades miorrelaxantes parece ser a indicação óbvia. Porém a experiência
mostra que tais medicamentos são muito pouco efetivas a não ser que um efeito
placebo esteja associado a esteou aquele paciente em particular.
Placebos
Pode ser útil a
utilização de placebos no tratamento de pacientes que insistem quer o
profissional faça alguma coisa durante as fases iniciais da investigação.
Igualmente são úteis enquanto se aguardam os resultados de terapêuticas
efetivas.
TRATAMENTO OCLUSAL
Um fato bem
estabelecido é a participação da oclusão dentária na instalação de perpetuação
de distúrbios da A.T.M.
O quadro é algo
confuso, porém, se levarmos em consideração somente as relações de contato das
superfícies oclusais dentárias superiores e inferiores.
Em certos pacientes,
por exemplo, consegue-se alívio marcante da dor muscular mediante pequenas correções oclusais. Outros requerem
reabilitação oclusal completa para obterem-se bons resultados, sendo que em
alguns casos obtém-se resposta insignificante ou ne4gativa ao tratamento
oclusal completo.
A interferência oclusal
é só um dos fatores na alteração funcional do sistema mastigatório.
Oclusão NÃO
é a mecânica das relações de contato oclusal. Inclui também os mecanismos
neurológicos e musculares, que são afetados quando os dentes superiores e
inferiores contatam.
Sob esse enfoque mais
amplo, é possível aquilatar com maior facilidade o papel da oclusão na síndrome
dolorosa por disfunção miofacial.
O conhecimento desta
complexa inter-relação dentária, neurológica e muscular deve levar o
profissional a agir com cautela nos chamados procedimentos de ajuste oclusal.
É condenável sob todos
os aspectos, por exemplo, o desgaste oclusal intempestivo, sem um estudo prévio
no articulador e sem um diagnóstico preciso da exata natureza da desarmonia
oclusal.
Um tratamento inadequado
para eliminar interferências oclusais pode inclusive agravar os estados
patológicos da A.T.M.
A Reabilitação Oclusal,
em seus diversos níveis, deve ser efetuada por profissionais especializados.
De um modo geral, a
correção do esquema oclusal consegue-se de três maneiras: por procedimentos de desgaste, por uso de diversas férulas oclusais e por tratamento ortodôntico ou protético.
Os procedimentos de desgaste caracterizam-se por criar
uma alteração direta, permanente e irreversível da oclusão.
As férulas oclusais (splints) produzem uma alteração indireta, transitória, interceptiva
e reversível
da oclusão.
As medidas ortodônticas e protéticas caracterizam-se
por produzir alterações permanentes e praticamente irreversíveis da
oclusão.
Diversos autores
preconizam o uso de férulas no tratamento do alívio imediato dos sintomas da
dor orofacial, outros, apenas se os métodos com cloreto de etila, calor, infra-vermelho e anestésicos não são suficientes.
Quando utilizadas, tem
a finalidade de:
01.Modificar o padrão e o grau dos impulsos nervosos
aferentes;
02.Imobilizar os dentes de maneira transitória, para que
não perturbem a atividade sensorial oclusal;
03.Ajudar a mandíbula a estabilizar-se, em especial
quando foram perdidos os dentes das zonas de suporte.
No
tratamento da síndrome dolorosa por disfunção miofacial, é de grande
importância o relacionamento paciente/profissional.
Estabelecido
o diagnóstico, o profissional deve explicar ao paciente a natureza de seu
problema, com terminologia que seja entendida facilmente.
Resultados
excelentes são obtidos, mesmo em casos reticentes a diversos tratamentos
anteriores, somente pelo fato de tranquilizarmos o paciente, mostrando-lhe o
interesse em resolver os seus problemas e segurança no transcorrer das
consultas e procedimentos.
Mais sobre Bruxismo
Quem
nunca acordou com dores na mandíbula ao abrir e fechar a boca ou começou a
perceber que seus dentes estavam com pequenas rachaduras. E tudo isso sem causa
aparente?
E
quem nunca se viu pensativo ou mesmo preocupado e começou, de forma
involuntária, a apertar de tal forma os dentes que fez mexer os músculos da
mandíbula tão forte, e só parou quando começou a sentir dor?
O
nome disso é bruxismo, um transtorno do sono encontrado em boa parte da
população e que pode estar associado a períodos de estresse ou a traços de
personalidade.
Apesar
de ser mais frequente durante o sono, também pode ocorrer durante a vigília, geralmente relacionado à tensão
do dia a dia. Existe também o bruxismo fisiológico, um problema comum e que
desaparece com o tempo. "Porém, se torna preocupante quando começa a
afetar a qualidade de vida da pessoa".
Quem pode ter bruxismo?
Até
20% da população têm bruxismo do sono pelo menos duas vezes por semana. E este
distúrbio está presente muito mais em crianças do que em adultos (de 10% a 20%
das crianças; 8% dos adultos; e 3% dos idosos são acometidos por este mal),
contudo não podemos falar em predominância relacionada ao gênero.
Algumas
doenças, como Parkinson, paralisia cerebral, AVC, ou outros distúrbios do sono,
como a apneia, também podem ter o bruxismo como um sintoma associado. Além
disso, alguns medicamentos podem provocar este transtorno involuntário e
inconsciente de movimento, que é caracterizado pelo excessivo apertar e ranger
de dentes durante o sono.
Fatores que incomodam
São
várias as consequências físicas que uma pessoa com bruxismo frequente pode ter,
entre elas estão
01.desgaste anormal
dos dentes;
02.desconforto,
03.fadiga e dor
na musculatura ao abrir e fechar a boca;
04.limitação da
abertura da boca;
05.hipertrofia
do masseter (músculo da mastigação);
06.ferimentos na
língua;
07.e até doenças
periodontais.
Pessoas que sofrem deste mal, geralmente,
acordam com dores de cabeça, hipersensibilidade nos dentes, sonolência
excessiva e até mesmo fadiga.
Sintomas
Além
do desgaste e amolecimento dos dentes, dor de cabeça é o sintoma mais comum do
bruxismo. Isso acontece porque a compressão exagerada dos dentes pode levar à
isquemia dos vasos que entram no ápice da raiz e depois à necrose dos vasos,
dos nervos e da polpa dentária.
Outros
sintomas do bruxismo são dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço, na mandíbula
e nos músculos da face por causa do esforço realizado pelos músculos da
mastigação, estalos ao abrir e fechar a boca, alterações do sono. A intensidade
e a frequência das crises podem variar de uma noite para outra.
Diagnóstico
Na
maioria das vezes, a pessoa só sabe que é portadora de bruxismo, se alguém lhe
contar o que presenciou enquanto ela dormia, ou quando procura assistência
médica ou odontológica, porque os sintomas já se instalaram.
Além
da avaliação clínica, a polissonografia é um exame importante para identificar
o grau do distúrbio e orientar o tratamento.
Tratamento
Não
se conhece, ainda, um tratamento eficaz para curar o bruxismo. Medicamentos
ansiolíticos são úteis para o controle dos quadros de estresse e ansiedade que
podem estar associados, mas não são a causa do distúrbio que, aliás, não está
suficientemente esclarecida.
Os
recursos mais indicados para o tratamento, porém, são as placas interoclusais
flexíveis de silicone ou as placas rígidas de acrílico, moldadas segundo o
formato da arcada dentária do paciente. Elas ajudam a restringir os movimentos
dos músculos mastigatórios e a reduzir o atrito que provoca o desgaste e o
abalo dos dentes.
Recomendações
*
Consulte o dentista com regularidade;
*
Evite apertar os dentes, quando estiver empenhado em uma tarefa ou situação
mais complicada;
*
Procure não mascar chicletes ou mordiscar sistematicamente objetos duros, como
pontas de lápis e canetas, por exemplo;
*
Faça exercícios. A prática regular de atividade física ajuda a controlar o
estresse e as crises de ansiedade que podem favorecer o apertar dos dentes;
*
Não se esqueça de colocar a placa interoclusal antes de dormir. Se o problema
se manifestar também de dia, use-a sempre que possível.